terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sob pontes escuras


Mente não cria
Ciência anuncia
Crianças morrem
Pessoas sofrem

O mundo gira
A tristeza se ria
Moleque danado
Pobre esfomeado

Cheira as loucuras
Sob pontes escuras
Alimenta a cidade
Com triste beldade

Abre-se a caixa de pandora
Nem a esperança esta agora,
Encontraram-na nos braço
D’um tal desespero-cansaço

Um dia a felicidade
No outro a fatalidade
Moleque danado
Pobre esfomeado

Onde há fé?
Onde há Deus?
O abandono virou-lhe as costas
E o menino dormiu,
E ninguém mais o viu.